Especial Bem Ali: Kanichi

E faltando somente três dias para o Bem Ali, chegamos ao último post do nosso especial, com a banda mais nova que compõe o line up: Kanichi. Formada há mais ou menos quatro meses (isso mesmo!), eles conquistaram a galera na Seletiva Bem Ali, e vão poder mostrar seu som e dividir o palco com as outras cinco bandas no dia 11!

O trio palmense é formado por Felipe Kanichi (vocal e guitarra), Iury Grooveman (baixo) e Renato Rezende (bateria). Os três já se conheciam de outras bandas, e não tinham nenhuma pretensão de formar uma quando começaram a gravar algumas músicas, mas a sintonia entre os três falou mais alto. Agora, eles fazem rock independente cantado em português, misturando o tradicional powertrio com sintetizadores, e tem tudo para conquistar muitos fãs.

A gente bateu um papo com Felipe Kanichi, confere só!

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Da esquerda para direita: Felipe, Renato e Iury. Foto:

TNJ: Para começar, como surgiu o nome da banda?

Felipe: O nome da banda vem do meu sobrenome, que é Kanichi. Surgiu porque eu sou péssimo pra dar nome pra banda. Daí um dia, quando a gente tava ensaiando, o Renato falou que o nome tinha que ser uma palavra simples, como Kanichi. Nem era pra ser oficial, mas daí pegou. Quando vimos, já tinha a primeira música lançada com esse nome.

TNJ:  Quais são as influências da banda na hora de compor? O Iury participa de outras bandas aqui na cidade (Palmas), vocês tem alguma influência do som delas ou são um estilo completamente diferente?

Felipe: Não tem como evitar a influência das bandas que escutamos atualmente, como Jack White, The Kills ou Johnny Hooker. Como a proposta é fazer um tipo de música que agregue nossas diferenças, com um produto final incomum, que seja difícil de classificar, quando conseguimos um ponto que seja satisfatório focamos nele. É legal de ver a pegada de cada de um se manifestando, mesmo que seja de maneira sensível. Engraçado que o Iury, na minha opinião, é um cara que escuta muita coisa, e isso faz com que ele consiga entender a proposta da banda na qual ele toca. Assim a respectiva banda se fortalece nessa sua identidade. A ideia da Kanichi é criar um som que inclua, além do tradicional powertrio (baixo, guitara e batera), o sintetizador. Acho que é diferente nesse ponto.

TNJ:  A Kanichi é uma banda nova, mas vocês já tem alguma expectativa de gravar um EP ou até um álbum no futuro?

Felipe:  A ideia agora é fortalecer a banda. Em seguida vamos refinar as músicas, fazer algumas coisa novas e, se tudo der certo, até o meio do ano que vem estar gravando um EP com algumas músicas. Isso porque já temos algumas demos gravadas, e aos poucos vamos soltar elas.

TNJ: O clipe de não levantei foi gravado em SP. Como surgiu a ideia de gravar lá? E o processo de criação?

Felipe: Já o clipe foi gravado em uma viagem que fizemos pra ver simplesmente o Radiohead. Não tinha como não registrar cada momento. A partir disso, numa pegada do it yourself, o clipe foi acontecendo. Quando percebi já estávamos aprendendo a mexer no Vegas (programa de edição de vídeo), e como gostamos demais de clipes, pensamos em algumas referências. Depois de apreender a editar, ficou fácil imaginar o produto final.

TNJ: Vocês foram chamados para tocar no Bem Ali pela Seletiva. Qual foi a sensação, já que vocês tinham formação da banda tão recente?

Felipe: Sendo sincero, a gente realmente não esperava ser selecionado. É claro que a gente ficou bem feliz, já que é possível perceber agora, tão perto do Festival, que ele vai ser o maior acontecimento que o rock tocantinense vai ter levando em conta os últimos anos. Pra quem gosta de música boa e procurou saber a qualidade das bandas que vão tocar no festival, a gente, que começou agora, não consegue evitar o nervosismo (pelo menos eu). Quando penso nisso me conforta saber que a banda é formada pelo Iury e pelo Renato, dois caras já experientes.

TNJ: Para terminar, você pode apresentar a banda pra quem ainda não conhece?

Felipe: Acho que é importante que as pessoas se permitam escutar algo novo, autoral. A cultura palmense, isso é uma opinião minha, ainda está muito acomodada com a sensação de ir em algum lugar pra escutar uma música que conhece, um cover. Quando a gente viaja para os festivais alternativos em outros Estados, é possível ver que eles incentivam a música autoral, e que isso tem uma resposta legal do público. Acredito que se a galera der oportunidade pra música autoral, um mundo coisas novas e diferentes se abre também, e pra quem gosta de música, só tem a ganhar.

E nós terminamos por aqui nosso Especial Bem Ali desse ano!  A Kanichi e outras cinco bandas se apresentam no palco do Festival Bem Ali no dia 11 de outubro, no Ahãndu Eventos.  E os ingressos ainda estão disponíveis! O Tá no Jukebox vai estar lá transmitindo tudo para vocês pelo nosso instagram. Aguardem!

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